Um antigo manuscrito atribuído a São Malaquias, encontrado nos Arquivos Secretos do Vaticano, voltou a ganhar atenção ao prever que o Juízo Final ocorrerá em 2027. Este documento, conhecido como “Profecia dos Papas”, teria sido escrito no século XII e contém uma lista enigmática de 112 papas, descrevendo cada um deles através de frases curtas em latim. O último nome na lista corresponderia ao atual líder da Igreja Católica, o Papa Francisco.
A profecia foi descoberta em 1595 pelo monge beneditino Arnold Wion, que afirmou ter encontrado os escritos de São Malaquias nos arquivos do Vaticano. A passagem final do texto diz: “Na última perseguição à Santa Igreja Romana reinará Pedro, o Romano, que apascentará o seu rebanho entre muitas tribulações. Após isso, a cidade das sete colinas será destruída e o terrível Juiz julgará o povo. O fim.”
Relação com a saúde do Papa Francisco
O interesse renovado pela profecia ocorre num momento em que o Papa Francisco, de 88 anos, enfrenta sérios problemas de saúde. O pontífice sofreu recentemente duas crises respiratórias, causadas por um acúmulo significativo de muco nos pulmões e espasmos brônquicos, permanecendo hospitalizado por mais de duas semanas. A condição tem levado alguns a especular se Francisco poderia ser, de fato, o último papa da Igreja Católica, como sugerido por algumas interpretações da profecia.
Há ainda quem defenda que “Pedro, o Romano” mencionado na profecia não se refere a Francisco, mas sim ao seu sucessor, que enfrentaria grandes tribulações no final dos tempos.
2027: O fim dos tempos?
Um documentário lançado em 2024 reforçou a ideia de que o fim do mundo estaria próximo, baseando-se numa outra interpretação da profecia. Segundo este estudo, uma passagem atribuída ao Papa Sisto V, de 1585, afirma: “O eixo no meio de um sinal”. Sisto V assumiu o papado 442 anos depois do primeiro líder da Igreja, e, se ele estivesse no meio da profecia, o seu fim ocorreria 442 anos depois – precisamente em 2027.
Embora muitos estudiosos considerem a “Profecia dos Papas” uma falsificação do século XVI, a precisão das descrições dos pontífices até 1590 intriga historiadores e teólogos. Após esse ano, as descrições tornam-se mais vagas, permitindo diversas interpretações.
Profecias que intrigam o Vaticano
A “Profecia dos Papas” não é a única previsão que desperta curiosidade. Em 1958, antes do conclave que elegeu o Papa João XXIII, o Cardeal Spellman de Nova Iorque navegou pelo rio Tibre num barco cheio de ovelhas, tentando simbolizar a frase “pastor et nautor” (pastor e marinheiro), atribuída ao próximo papa na lista de São Malaquias.
Outra profecia associada a Bento XVI referia-se a “Gloria Olivae” (glória da oliveira). A Ordem de São Bento é conhecida como Olivetana, levando muitos a acreditar que a previsão indicava o seu papado (2005-2013). João Paulo II, por sua vez, estaria ligado à frase “De labore Solis” (do trabalho do Sol), pois nasceu durante um eclipse solar.
Segundo a última entrada da profecia, o “último papa”, Pedro, o Romano, lideraria a Igreja durante um período de grande turbulência, culminando na destruição de Roma e no fim do papado.
Tensões globais e medo do Apocalipse
O tema foi debatido recentemente no podcast “Sunday Cool”, onde o apresentador Josh Hooper mencionou como os crescentes conflitos globais reforçam a crença na controversa profecia. A guerra na Ucrânia, as tensões entre os Estados Unidos e a China e a instabilidade permanente no Médio Oriente fazem muitos temer que uma nova guerra mundial esteja iminente. Além disso, a reativação de programas nucleares por várias potências tem aumentado os receios de uma catástrofe global.
A “Profecia dos Papas” não é o único texto antigo a prever o fim dos tempos. O Livro do Apocalipse, escrito no final do século I d.C., é frequentemente interpretado como uma visão profética do fim do mundo. Alguns estudiosos sugerem que suas passagens descrevem eventos modernos como explosões nucleares, drones e até inteligência artificial.
Independentemente da veracidade da “Profecia dos Papas”, o tema continua a intrigar estudiosos e fiéis, especialmente num contexto global marcado por crises e incertezas.














